
Rumores Falsos sobre Tratamento de COVID-19 da Rainha Elizabeth II com Ivermectina após Gafe Televisiva
22 mar, 2024A notícia do teste positivo para COVID-19 da Rainha Elizabeth II, a monarca atual com o maior tempo de reinado no mundo, em 22 de fevereiro de 2022, gerou uma extensa cobertura midiática global. Devido ao seu papel proeminente e ao interesse público em sua saúde, detalhes sobre seu tratamento foram amplamente especulados. Contudo, uma gafe de edição em um programa de notícias australiano, A Current Affair, deflagrou uma série de alegações infundadas sobre o uso de ivermectina como parte do tratamento da Rainha contra o coronavírus.
É importante ressaltar que o Palácio de Buckingham, residência oficial da monarquia britânica, não divulgou detalhes sobre o tratamento médico específico recebido pela Rainha. No entanto, sabe-se que a ivermectina, um medicamento primeiramente utilizado para tratar parasitas em animais, não é autorizada para o tratamento de COVID-19 no Reino Unido, União Europeia ou Austrália, devido à falta de evidências científicas de sua eficácia contra o vírus em sua forma atual.
Apesar disso, a edição equivocada no programa de notícias australiano foi amplamente explorada por grupos antivacinas e céticos da COVID-19, desencadeando uma propagação rápida de desinformação, especialmente através de plataformas de mídias sociais. Essa situação contribui para o fenômeno crescente de desinformação relacionada à saúde pública, em que notícias imprecisas ou informações falsas se espalham rapidamente, potencialmente influenciando as percepções públicas e decisões sobre saúde.
Na busca por tratar a COVID-19, diversos medicamentos foram considerados e estudados ao redor do mundo. No entanto, a ivermectina, apesar de alguns defensores destacarem estudos preliminares ou dados anedóticos em seu favor, não foi aprovada pelas principais agências reguladoras de saúde como um tratamento eficaz contra a COVID-19. Isto se deve à falta de dados clínicos robustos que comprovem sua eficácia e segurança para essa finalidade específica.
Este incidente destaca a importância da verificação de fatos e da responsabilidade midiática em reportar informações precisas e baseadas em evidências, especialmente em um contexto de pandemia, onde a informação correta pode salvar vidas. Além disso, evidencia a necessidade de uma abordagem crítica por parte do público em relação ao consumo de notícias, incentivando uma pesquisa aprofundada e a consulta de fontes confiáveis e autorizadas sobre tratamentos de saúde. Ao entender como rumores e desinformação podem se espalhar, podemos todos contribuir para uma sociedade melhor informada e protegida contra as ameaças à saúde pública.